Ao decorrer desse ano pudemos observar alguns percalços na renda variável, decorrente de uma incerteza política econômica e fiscal, e também da crise de saúde que temos enfrentado. Em paralelo, vimos a renda fixa se tornando um pouco mais atrativa, o receio pela inflação aumentando, a nossa moeda sofrendo desvalorização, entre outros acontecimentos que balançaram algumas carteiras e alguns corações por aí. Mas como se proteger neste cenário?
Comecemos entendendo um conceito importante: Não existe investimento livre de risco, que renda muito bem e que tenha liquidez. Sempre precisaremos abrir mão de algum desses parâmetros da chamada “tríade dos investimentos”.
No mercado financeiro há inúmeras maneiras complexas de se proteger de quedas nos preços e nas rentabilidades. Opções, termo, venda de contratos futuros, entre várias outras.
No entanto, focaremos em duas estratégias mais simples que podem ser utilizadas de forma prática: diversificação e caixa.
DIVERSIFICAÇÃO
Primeiramente, analisemos a tabela acima. Por mais que você não saiba o significado de cada investimento, fica bem claro que nenhum se mantem como O MELHOR durante todo o tempo, certo? E é exatamente desta forma que iremos nos proteger: Alocando os recursos em diversos ativos, e não em apenas um por parecer mais atraente e promissor.
É de extrema importância que o portfólio de investimentos tenha vários ativos descorrelacionados entre si, a fim de, em cenários prejudiciais, nem toda a carteira tenha rendimentos negativos. Um pouco de bolsa, um pouco de inflação, uma pitada de investimentos internacionais, adicionando alguns bitcoins… E por aí vai…
Em sua palestra para a EXPERT – evento anual da XP investimentos – Ray Dalio, conhecido por ser criador de um dos maiores fundos de investimentos do mundo, apresentou o gráfico abaixo, fazendo referência ao poder da diversificação de um portfólio.
O gráfico reforça então a importância de uma carteira diversificada, pois quanto menor a relação entre os ativos da carteira, menor a probabilidade de perda de dinheiro. Ao levar este fator em consideração, aumentamos a atratividade da relação entre risco e retorno.
CAIXA
Pensando por outro aspecto, consideremos que, em tempos de crise, podem aparecer algumas oportunidades. Para isso, devemos ter um caixa destinado a este fim, isto é, um recurso de fácil retirada, para alguns investimentos pontuais.
Quando investimos em ações, nos tornamos sócios de uma determinada empresa. Sendo assim, é importante levar em consideração os fundamentos daquela companhia.
– Ela está sendo prejudicada pela crise?
– Se sim, por quê?
– Se não, por que os preços estão caindo?
– Se os preços estão caindo, mas os fundamentos da empresa se mantém, e ela continua sendo uma excelente opção de investimento, por que não aumentar a minha participação na sociedade à um preço menor ainda?
Compras de boas empresas em momentos de queda potencializam os ganhos ao longo do tempo.
Estas duas estratégias, embora aparentemente simples, podem ser ótimas aliadas à sua composição de carteira, principalmente em momentos como o atual. Por muitas vezes é melhor fazer o simples muito bem feito, em detrimento de fazer algo complexo e errado.
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