É um bom momento para comprar ações? Três formas de saber se uma ação está cara ou barata

No patamar atual da nossa bolsa de valores, é comum haver um questionamento a respeito do preço e do valor das ações. Mas como ter ao menos uma ideia da expectativa de crescimento das empresas?
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Primeiramente, é importante saber distinguir a diferença de preço e valor. Há quem diga que uma ação a um preço de R$ 100,00 está mais cara que uma de R$30,00. Mas será que esta dedução está correta?

O preço é o que pagamos por um bem. É o que está escrito na etiqueta. Já o valor, diz respeito ao benefício que o bem pode nos proporcionar.

Quando olhamos para o âmbito da renda variável, há duas formas de compreender esta relação entre preço e valor: a análise fundamentalista e a análise técnica. Para os grafistas, ou técnicos, o preço de tela é extremamente importante. O volume de negociações e o movimento ado dos preços podem ser usados para, de certa forma, prever o futuro. Já para os fundamentalistas, não importa o preço de tela da ação, e sim a saúde financeira da empresa, a projeção de resultados futuros e perspectiva de crescimento sustentável.

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Mas como entender pela análise fundamentalista o real valor da companhia, para além da cotação diária de preços?

  • É necessário entender o contexto do setor. O setor elétrico por exemplo, recentemente tem sofrido especulações em decorrência da crise hídrica;
  • Compreender o cenário macroeconômico e sua influência na empresa é essencial;
  • Definir o valor justo por ação, por meio de estudos dos números da empresa;
  • Analisar a cotação atual em relação a valor justo calculado, para concluir o preço ideal para compra do ativo.

Para definir o valor justo por ação, há uma maneira simplificada com a qual o investidor consegue ter ao menos uma noção a respeito do valuation da empresa. Obviamente esses cálculos não detalham a real perspectiva da companhia, mas podem servir de balizador para o investidor. Este método é o chamado método de avaliação por múltiplos, e consiste em relacionar o valor da empresa e algum indicador (lucro, ebitda, patrimônio líquido, etc).

E quais são os múltiplos mais usados?

Múltiplo EV/EBITDA

EV, ou Enterprise Value, nada mais é que o valor da empresa. Basta multiplicar o número de ações emitidas pela companha pelo valor de negociação.

A relação EV/EBITDA nos mostra a quantos anos de geração de caixa equivale o valor econômico da empresa. Quanto maior o resultado da divisão, mais cara a empresa é considerada.

EV/EBITDA = ((Número de ações x preço de negociação) + (dívida líquida) / EBITDA

Multiplo P/L ou P/E

A relação Preço/Lucro ou Price/Earnings, é obtido pela divisão do preço da ação pelo lucro por ação, ou do Market Cap pelo lucro líquido. O resultado nos mostra quantas vezes vale a empresa se comparada ao lucro. Quanto maior esta relação, mais cara a empresa é considerada.

P/E = (Preço por Ação) / (Lucro por ação) = (Número de ações x preço de negociação) / Lucro Líquido

Múltiplo P/VPA

Este múltiplo é calculado pela divisão do preço da ação pelo valor patrimonial por ação da companhia. Essa divisão nos mostra quanto o investidor estaria pagando pela fatia da empresa que está comprando.

P/VPA = (Preço da Ação) / (Valor patrimonial por ação)

Tudo bem, mas onde achamos estas informações para fazer o cálculo? Temos alguns sites como www.fundamentus.com.br que já entregam estas informações prontas, basta saber analisá-las. Outra possibilidade é ir até a área de relacionamento com o investidor, e buscar pelos resultados da empresa. Seja qual for o caminho escolhido, estes parâmetros não representam absolutamente nada se analisados sozinhos. É interessante usá-los apenas como balizadores, mas não como fonte de verdade absoluta a respeito do preço e valor das empresas. É sempre interessante recorrer a casas de análise especializadas no assunto, para que saibamos aprofundar nos fundamentos reais da empresa.

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