Em minha coluna de estreia, falei da relação entre o uso excessivo de telas e a Síndrome do Olho Seco, relembre clicando aqui. Mas é importante retomar o assunto, pois estamos no Julho Turquesa, campanha internacional de prevenção dessa condição que afeta cerca de 40 milhões de brasileiros.
É indiscutível que a vida moderna proporcionou mais conforto e facilidades em nosso dia a dia, graças à tecnologia, mas também aumentou a incidência da Disfunção Lacrimal, outra forma como a doença é designada.
Ficamos vidrados na frente das telas, assistindo ao streaming, a um canal no Youtube, interagindo pelo WhatsApp, realizando videoconferências, navegando pelo Instagram, Facebook, consumindo conteúdo quase que 24 horas por dia. O problema está em esquecer-se de fazer algo bem simples: piscar! Nossos olhos também precisam de uma pausa, de um “respiro”, ou seja, precisamos piscar mais.
Piscar menos acarreta na produção insuficiente de lágrimas. Entretanto, existem outros fatores que prejudicam a formação de lágrimas ou interferem na qualidade das lágrimas, que am a evaporar rapidamente. São eles: menopausa, exposição ambiental (poluição, vento, ar condicionado e o clima seco, característico do outono/inverno brasileiro), lentes de contato, medicamentos descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes, diuréticos, benzodiazepinas, analgésicos, anticonceptivos, antidepressivos, e doenças do sistema imunológico, como lúpus e artrite reumatoide.
Como consequência, os pacientes têm aquela sensação de grão de areia nos olhos, ardência ou queimação, coceiras constantes, sensibilidade à luz, olhos ressecados ao acordar, visão embaçada e facilidade para contrair inflamações oculares.
Se você sente um ou mais desses incômodos, procure um médico oftalmologista. A Síndrome do Olho Seco impacta na saúde ocular e na qualidade de vida, portanto merece atenção. Além das abordagens para tratar o olho seco, compartilhadas em minha segunda coluna, como uso de lubrificantes oculares, luz pulsada e lentes esclerais, vale se ater a alguns cuidados básicos: não esfregue os olhos; não leve as mãos sujas aos olhos; se puder, invista em um umidificador de ambiente; use óculos de sol com proteção UVA e UVB; aplique colírios somente prescritos pelo médico; lembre-se de piscar mais; e enquanto utilizar alguma tela, procure fazer pausas.
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