Desenvolvidas há mais de 130 anos pelas mentes brilhantes e mãos habilidosas do oculista francês Edouard Kalt e do médico alemão Adolf Gaston Eugen Fick, as lentes de contato para correção da visão estão longe de serem apenas um recurso estético. Trata-se de uma solução que traz bastante conforto e torna o dia a dia do usuário mais funcional.
Do protótipo de vidro soprado aos modelos rígidos, chamados de acrílicos, às hydron – popularmente conhecidas como gelatinosas, que possibilitam uma maior oxigenação da córnea –, as lentes de contato evoluíram extraordinariamente, chegando à versão multifocal, que corrige mais de uma disfunção.
A lente de contato gelatinosa multifocal chegou há mais de 10 anos, está em sua terceira geração, e possui uma graduação para diversas distâncias de visualização, de uma leitura mais próxima à mais distante. Seu uso é recomendável para míopes ou hipermétropes, de preferência sem astigmatismo ou com astigmatismo baixo, com idade superior a 40 anos. As pessoas com hipermetropia, ou seja, que têm dificuldade de enxergar de perto, são as mais beneficiadas com essas lentes, da mesma forma que aquelas com presbiopia – vista cansada –, dispensando o uso dos óculos.
Seu custo é razoavelmente ível e algumas marcas disponibilizam um par de teste fora da caixinha. Dessa maneira, o paciente tem a chance de ar por um período de adaptação e caso não se ajuste, poderá devolver a caixa intacta com as lentes e ser reembolsado. Com paciência e empenho é possível se adaptar rapidamente às multifocais, que são muito confortáveis e uma excelente alternativa para praticantes de esportes.
Há casos em que o paciente pode usar apenas uma lente gelatinosa multifocal e no outro olho, uma lente comum, ou ainda há a possibilidade de utilizar a multifocal gelatinosa em um dos olhos, sem qualquer outra lente no outro, por enxergar bem à distância. Mas vale lembrar que essas opções devem ser consultadas e avaliadas pelo médico oftalmologista.
Os cuidados com esse tipo de lente são bem simples: devem ser retiradas antes de dormir, não podem entrar em contato direto com a água e sua troca é mensal, ou no máximo a cada 45 dias.