O que é ESG e qual a sua importância em uma carteira?

Júlia Biccas Massoli atua como assessora de Investimentos, auxiliando os investidores a organizarem estratégias adequadas aos seus objetivos e perfil.

ESG. O que é essa sigla que tem sido pré-requisito para alguns investidores escolherem seus ativos? A sigla ESG, em inglês, significa Environmental, Social and Governance. Em português: ambiental, social e governança. Uma empresa considerada ESG une, em si, estas três características. 

SOCIAL

Boas práticas em relação à saúde e ao bem-estar dos colaboradores, das comunidades locais e condições de trabalho.

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GOVERNANÇA

Leva em consideração as auditorias feitas, valores éticos, conselho diverso, transparência e solidez financeira.

AMBIENTAL

Mensura a emissão de gases, resíduos gerados, exploração da matéria prima ou impactos ambientais gerados pela empresa.

Ok, mas qual a relação desse conceito com a escolha dos ativos para o seu portfólio?

Pensemos um pouco na filosofia do maior investidor do mundo, Warren Buffet. Buffet tem como propósito o investimento em ações utilizando o viés fundamentalista. Este viés analisa a empresa tanto de forma quantitativa (pelos números), quanto qualitativa, investigando o negócio, a governança e a perpetuidade da companhia.

Seria um pouco surreal e utópico achar que no curto prazo todas as empresas negociadas na bolsa irão se enquadrar 100% nos três pontos do ESG. De qualquer forma, se considerarmos a filosofia de Buffet e encararmos o investimento em ações como uma sociedade de longo prazo, estas boas práticas fazem total diferença na perspectiva futura das companhias que vão compor o portfólio.

Segundo a Itau Asset, uma estratégia que leva em conta tais princípios entrega um resultado bem melhor do que uma estratégia que não se preocupa com estes fatores. Para a Asset, uma empresa ESG possui maior resiliência em tempos de crise e maior eficiência na gestão dos recursos naturais.

Outro grande player que se posicionou a respeito foi a Black Rock – maior gestora de investimentos do mundo – a qual anunciou que reduziria os investimentos em setores que não respeitem os princípios de sustentabilidade, pois acredita que uma empresa sem propósito é incapaz de gerar lucros no longo prazo.  

O gráfico abaixo mostra a diferença da rentabilidade dos índices da bolsa americana S&P 500 e S&P 500 ESG. No acumulado ao longo dos anos, os índices que contêm apenas empresas ESG entregam um resultado mais satisfatório.

Há quem diga que o futuro é ESG, e os números históricos não negam esta afirmação. A sustentabilidade e governança felizmente andam bastante em voga. Além de aproveitar os benefícios na vida real, que tal usufruir desta influência nos investimentos?

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