É brincando que se aprende

O livre brincar é de extrema importância para o desenvolvimento infantil, pois é brincando que as crianças aprendem. Brincar é tão importante que é considerado pela ONU como um direito universal das crianças, e assim, brincando livremente, elas são protagonistas do seu próprio desenvolvimento. É por meio das brincadeiras que elas iniciam seu processo de aprendizagem. Através do brincar elas aprendem, desenvolvem a criatividade, experimentam o mundo e suas possibilidades, vivenciam relações sociais, elaboram sua autonomia e organizam suas emoções. As brincadeiras estão longe de ser somente diversão, é um momento especial e complexo onde elas se comunicam consigo mesma e com o mundo ao seu redor. Ainda bebê, é neste processo exploratório, em que tudo é um experimento, de jogar coisas à brincar com a comida, que elas descobrem o mundo, as sensações e novas habilidades. Nós pais e cuidadores devemos nos manter como observadores, dando a eles toda a autonomia para essas descobertas, intervindo somente quando necessário, a pedido deles ou quando eles têm sua segurança ameaçada. Essa liberdade para que eles possam descobrir, explorar e se desenvolver é primordial. Quando damos às crianças a oportunidade de escolha, iniciando com o brincar, ela exercita a sua liberdade e assim se torna uma criança mais observadora e crítica, que não aceita com facilidade que seja comandada. Na minha experiência como pai, sempre procurei seguir esta linha, dando a Sofia a liberdade para que ela pudesse explorar e se descobrir. E é muito legal acompanhar todo esse desenvolvimento. Ela sempre teve autonomia em suas brincadeiras, o que me permitiu observar algo muito interessante, as crianças se interessam muito mais por objetos diferentes, que lhes agucem a curiosidade, lhes proporcionem novas experiências, do que aqueles brinquedos comerciais e complexos. Elas adoram caixas de papelão, pedaços de cano, potes e etc. É muito frequente crianças que ganham um presente e brincam mesmo é com a caixa do brinquedo.

Um ponto delicado, mas muito importante, é o o à aparelhos eletrônicos, principalmente na primeira infância. Os aparelhos eletrônicos tiram das crianças não só a possibilidade de experiências sensoriais, mas também a oportunidade de práticas motoras e sociais. Dessa forma elas se exercitam cada vez menos, e podem sofrer com dificuldades nas relações sociais. Na primeira infância, em que as crianças precisam ter contatos sensoriais tridimensionais, os eletrônicos acabam limitando este contato sensorial, e isso prejudica o desenvolvimento motor, a linguagem, o aprendizado e a capacidade de lidar com as próprias emoções e as emoções dos outros. Em casa escolhemos evitar o contato da Sofia com as telas e eletrônicos, prezando ao máximo seu contato com a natureza e com brinquedos mais simples, mas que trabalhasse seus sentidos e sua imaginação. Outra questão importante a ser observada são as fases do brincar em relação ao desenvolvimento infantil. A primeira, quando ainda bebês, se estende até os 2 anos, e é dominada pela exploração dos sentidos e descobertas da sua capacidade motora. Dos 2 aos 7 anos os pequenos am para a fase da simbologia, e usam como referência personagens no lugar de objetos, assim eles elaboram muitas das estruturas sociais e familiares vivenciadas. Após os 7 anos as crianças já am a ter maior compreensão de regras e de relações sociais. O respeito e estímulo a cada uma dessas fases, concede a elas a oportunidade de serem crianças, e de viver plenamente essa linda fase que é a infância. Na próxima semana falaremos um pouco sobre o desfralde consciente.

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