Crise da ViagensPromo gera prejuízo milionário a agências de turismo mineiras

Parlamentares defenderam a criação de um fundo garantidor com apoio do Ministério do Turismo e da Embratur
Empresa deixou deixou de rear os valores pagos por pacotes turísticos a hotéis e companhias aéreas, Foto: William Dias/Almg.

A crise envolvendo a operadora de turismo ViagensPromo afetou duramente o setor de agências de viagens em Minas Gerais, com prejuízos estimados em R$ 5 milhões e mais de 200 pequenas agências impactadas em todo o estado.

A empresa, que atua como intermediária na venda de agens e reservas, deixou de rear os valores pagos por pacotes turísticos a hotéis e companhias aéreas, gerando cancelamentos de viagens e forçando os agentes a arcarem com os custos para não prejudicar os consumidores.

O assunto foi tema de audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a pedido do deputado Professor Cleiton (PV).

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Durante o encontro, agentes de viagem relataram o abandono por parte da ViagensPromo e os sacrifícios feitos para honrar compromissos.

“O que está em jogo não é apenas a sobrevivência de milhares de famílias, mas a credibilidade de um setor inteiro”, afirmou Camila Scarabelli, do Movimento Organizado dos Agentes de Viagem.

Casos como o de Hamilton Saliba, de Divinópolis, que acumula R$ 300 mil em dívidas, e Fernando Moura, da IBR Turismo, com R$ 450 mil em prejuízo, ilustram a gravidade da situação.

Ambos relataram esforços para garantir as viagens dos clientes, mesmo com recursos próprios e empréstimos.

Legislativo cobra responsabilização e mudanças na lei

Parlamentares defenderam a criação de um fundo garantidor com apoio do Ministério do Turismo e da Embratur, e mudanças na legislação que atualmente impõem responsabilidade solidária aos agentes, obrigando-os a cumprir contratos não honrados pelas operadoras.

A deputada Carol Caram (Avante) defendeu a responsabilização criminal dos donos da ViagensPromo por fraude e estelionato, cobrando atuação mais firme do Judiciário e suspensão das atividades da empresa.

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