Desemprego sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro

mas segue no menor nível para o período desde 2014
O número de pessoas sem trabalho chegou a 7,5 milhões, um crescimento de 10,4%. Foto: José Cruz/Agência Br.

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice representa um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em novembro de 2024 (6,1%). No entanto, continua sendo a menor taxa para um trimestre finalizado em fevereiro desde 2014, quando registrou o mesmo percentual.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a elevação do desemprego nesse período do ano já era esperada. “Esse movimento é comum, pois há uma queda natural na ocupação entre o fim de um ano e o início do seguinte”, explica.

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O número de pessoas sem trabalho chegou a 7,5 milhões, um crescimento de 10,4% em comparação ao trimestre anterior. Porém, esse total ainda é 12,5% menor do que no mesmo período de 2024.

Setores mais impactados

Dos dez setores analisados pelo IBGE, três registraram queda no número de trabalhadores:

Construção: -4,0% (menos 310 mil pessoas);

istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: -2,5% (menos 468 mil pessoas);

Serviços domésticos: -4,8% (menos 290 mil pessoas).

Segundo Beringuy, a redução no setor público também é sazonal, refletindo o fim de contratos temporários.

Ela ressalta ainda que, no momento, não há indícios de que o aumento dos juros pelo Banco Central – política adotada para conter a inflação – tenha impactado o mercado de trabalho.

“Essa oscilação é esperada e não pode ser atribuída diretamente à política monetária ou à redução do consumo das famílias”, afirma.

Recorde 

Apesar do leve aumento no desemprego, o Brasil atingiu um recorde no número de trabalhadores com carteira assinada: 39,6 milhões, o maior número desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

Em um ano, o país ganhou 1,6 milhão de trabalhadores formais, um aumento de 4,1%.

A população ocupada foi estimada em 102,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Esse número representa uma queda de 1,2% em relação a novembro de 2024 (1,2 milhão de pessoas a menos), mas ainda assim um crescimento de 2,4% em comparação ao mesmo período do ano ado (2,4 milhões de pessoas a mais).

Já a taxa de informalidade, segundo a Agência Brasil recuou ligeiramente, ando para 38,1% da população ocupada, o equivalente a 39,1 milhões de trabalhadores. Nos trimestres anteriores, esse percentual era de 38,7%.

A pesquisa do IBGE abrange todas as formas de ocupação, incluindo empregos com ou sem carteira assinada, trabalho temporário e autônomo. A amostra envolve 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

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