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Câmara aprova projeto que permite cancelamento digital da contribuição sindical

E revoga artigos da CLT
A proposta segue agora para análise do Senado Federal. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
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 A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) o Projeto de Lei nº 1663/2023, que revoga dispositivos considerados desatualizados da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e estabelece novos mecanismos digitais para o cancelamento da contribuição sindical.

A proposta segue agora para análise do Senado Federal.

Entre as principais mudanças, o texto aprovado permite que o trabalhador cancele a contribuição sindical de forma digital. O procedimento poderá ser feito por meio de portais oficiais do Governo Federal, como o gov.br; plataformas digitais de sindicatos que atendam a critérios de segurança da informação; aplicativos de empresas privadas autorizadas; ou ainda via e-mail encaminhado diretamente ao sindicato.

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A proposta recebeu emenda do deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que argumentou que a medida está alinhada com os avanços da digitalização no setor público. “A digitalização dos processos istrativos tem se mostrado uma solução eficaz para reduzir a burocracia e aumentar a eficiência das relações entre o cidadão e as instituições”, afirmou.

Em contrapartida, o deputado Hélder Salomão (PT-ES) criticou a medida, alegando que ela enfraquece a organização dos trabalhadores. “Isso tem o objetivo de fragilizar a luta dos trabalhadores que são massacrados e explorados no nosso país”, declarou.

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Além do cancelamento digital, o projeto também revoga trechos da CLT relacionados à estrutura e funcionamento dos sindicatos.

Entre os dispositivos eliminados estão:

  • A obrigatoriedade de autorização do Ministério do Trabalho para criação de sindicatos nacionais;
  • A definição da base territorial sindical por parte da pasta;
  • Regras sobre a duração do mandato da diretoria e exigência de reunião de um terço da categoria para registro sindical;
  • Atribuições das juntas de conciliação, agora oficialmente transferidas para as varas do trabalho.

A proposta, segundo seus defensores, moderniza e desburocratiza a legislação trabalhista. Já os críticos alegam que a mudança compromete a capacidade de organização e representação dos trabalhadores.

O texto aprovado segue agora para deliberação no Senado Federal.

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