Em noite inspirada na Arena MRV, ainda que sem a presença de torcedores, o Atlético venceu com autoridade a equipe do Caracas por 3 a 1, em confronto válido pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. A partida aconteceu nesta quinta-feira, 15/05, e demonstrou a força do elenco atleticano mesmo diante de adversidades, como a ausência de público, consequência de punição imposta pela Conmebol.
Os gols da vitória alvinegra vieram com um toque de insistência e talento. O placar foi inaugurado com um gol contra do zagueiro Blessing Edet, seguido de um belo gol de cabeça de Tomás Cuello e, por fim, Rony sacramentou a vitória após uma jogada coletiva refinada. O Caracas descontou com De Santis, em cobrança de pênalti, após polêmico lance revisado pelo VAR.
Galo impõe ritmo intenso desde o início
Desde os primeiros minutos, o Atlético se lançou ao ataque com volume ofensivo impressionante. Logo aos 7 minutos, Cuello assustou com chute cruzado. Aos 14, Bernard protagonizou jogada genial e deixou Saravia em condição de marcar, mas o lateral finalizou por cima do travessão.
As traves também jogaram contra o time mineiro. Hulk, em cobrança de falta, carimbou o poste aos 19 minutos. Já aos 43, Saravia soltou uma bomba de fora da área que explodiu no travessão, levantando o banco de reservas e arrancando suspiros da comissão técnica.
Mesmo com o domínio, o Atlético viu o goleiro Everson trabalhar firme aos 23 minutos, evitando o gol venezuelano em chute cara a cara após falha defensiva isolada.
Edet marca contra e abre caminho
A superioridade alvinegra foi coroada aos 26 minutos da primeira etapa. Tomás Cuello, em jogada veloz pela esquerda, cruzou rasteiro na área e viu o zagueiro Blessing Edet desviar contra o próprio gol. Um gol simbólico do que era a partida: um Atlético agressivo e um Caracas acuado, tentando conter os avanços com dificuldades.
O restante do primeiro tempo foi marcado por inúmeras oportunidades criadas, mas sempre esbarrando no inspirado goleiro Benítez. Cuello, Hulk e Júnior Santos testaram o arqueiro venezuelano, que evitou o segundo gol com defesas seguras e posicionamento preciso.
Galo volta com mudanças e amplia
Na volta do intervalo, o técnico Cuca mexeu bem: promoveu as entradas de Vitor Hugo, Scarpa e Rony, buscando mais mobilidade e intensidade ofensiva. A resposta foi imediata.
Logo aos 2 minutos, Júnior Santos cruzou na medida e Tomás Cuello, de cabeça, fez o segundo gol do Atlético. Um prêmio merecido ao argentino, que foi um dos melhores em campo.
Caracas desconta em lance polêmico
A equipe venezuelana descontou aos 14 minutos, em pênalti convertido por De Santis. O lance gerou controvérsia: Caio tentou desarme com um carrinho, o atacante do Caracas já caía ao tentar cavar a infração, mas após longa análise do VAR, a penalidade foi marcada. Everson ainda acertou o canto, mas não conseguiu defender.
Rony fecha o placar com golaço coletivo
A pressão do Galo seguiu implacável. Júnior Santos perdeu uma chance clara aos 19 minutos, ao receber e de Rony e mandar por cima. Pouco depois, aos 31, veio o gol que selou a vitória com classe.
A jogada começou com Rubens, que ou para Igor Gomes. O meia, com habilidade rara, lançou de trivela para Scarpa, que invadiu a área e encontrou Rony livre. O atacante só teve o trabalho de empurrar para as redes. Atlético 3 a 1.
Foi o oitavo gol de Rony na temporada, consolidando-se como peça-chave no elenco de Cuca.
Atlético pressiona até o fim
Nos minutos finais, o Galo seguiu martelando a defesa adversária. Rubens, Cuello e Rony protagonizaram lances de muito perigo, mas pararam no inspirado Benítez. O goleiro venezuelano evitou uma goleada histórica com defesas incríveis, inclusive em chute cruzado de Cuello e finalização de Scarpa após drible seco na grande área.
A última chance veio já nos acréscimos. Cuello deixou Scarpa em ótimas condições. O meia ajeitou e bateu forte, mas novamente Benítez salvou. A atuação defensiva do goleiro foi tão destacada quanto a ofensiva do Atlético.
Rony celebra vitória fundamental
Após o apito final, Rony concedeu entrevista e destacou a importância do resultado:
“Precisávamos vencer, é uma competição com margem pequena para erros. O grupo todo entrou focado, criamos muito, poderíamos ter feito mais. Mas saímos com a vitória e todos estão de parabéns.”
Sobre a situação no grupo, Rony foi direto:
“Estava embolado, mas agora temos mais tranquilidade para buscar a liderança. E vem clássico por aí, todos sabem o que representa. Vamos nos preparar para mais uma grande exibição.”
Foco total no clássico contra o Cruzeiro
O próximo desafio do Atlético é um dos mais esperados da temporada. No domingo, dia 18 de maio, o time encara o arquirrival Cruzeiro, às 20h30, no Mineirão, em clássico válido pelo Campeonato Brasileiro. O elenco se reapresenta nesta sexta-feira e terá dois dias de treino na Cidade do Galo para afinar os últimos detalhes antes do duelo.
Na sequência da agenda, o Galo volta a campo pela Copa do Brasil, enfrentando o Maringá na Arena MRV, no dia 21 de maio, às 21h30, buscando a classificação para a próxima fase após o empate em 2 a 2 no jogo de ida.
Ficha técnica: Atlético-MG 3 x 1 Caracas FC
Data: 15/05/2025
Local: Arena MRV, Belo Horizonte-MG
Competição: Copa Sul-Americana – Fase de Grupos (5ª rodada)
Gols: Edet (contra) 26’/1T, Cuello 2’/2T, De Santis (pênalti) 14’/2T, Rony 31’/2T
Atlético-MG:
Everson; Saravia, Lyanco, Junior Alonso (Vitor Hugo) e Caio (Patrick); Fausto Vera (Gustavo Scarpa), Rubens e Bernard (Igor Gomes); Júnior Santos, Tomás Cuello e Hulk (Rony).
Técnico: Cuca
Caracas FC:
Benítez; Rito, La Mantia, Edet e Yendis; Rodríguez, Vega, Covea, Echenique e Hernández; De Santis
Técnico: Francisco Aristequieta
Cartões Amarelos:
- Caracas – Edet, De Santis
- Atlético – Lyanco, Vitor Hugo
Departamento Médico
O Atlético segue lidando com desfalques importantes. Estão no departamento médico:
- Guilherme Arana (lesão na coxa direita)
- Gabriel Menino (lesão no joelho esquerdo)
- Cadu (lesão no joelho direito)
- Caio Maia (lesão no joelho direito)
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