FIEMG lança campanha nacional contra retorno de termelétricas à Lei das Eólicas Offshore

Os vetos podem ser analisados pelo Congresso Nacional no próximo dia 27 de maio
FIEMG alerta para o risco de um grave retrocesso na política energética do país. Foto: Arte/Fiemg.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) lançou nesta semana a campanha nacional “Energia Suja, Conta Alta”, em defesa da manutenção dos vetos presidenciais à Lei das Eólicas Offshore (Lei 15.097/2025).

Aprovada em janeiro, a legislação sofreu cortes em trechos considerados “jabutis” — dispositivos inseridos sem relação direta com o tema original, muitos deles voltados a beneficiar usinas termelétricas movidas a carvão e gás.

Os vetos podem ser analisados pelo Congresso Nacional no próximo dia 27 de maio, e a FIEMG alerta para o risco de um grave retrocesso na política energética do país.

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Segundo o presidente da entidade, Flávio Roscoe, a reinclusão desses dispositivos pode gerar custos adicionais de até R$ 20 bilhões por ano nas contas de luz até 2050.

“Estamos diante de uma escolha histórica: proteger nossa matriz energética limpa ou ceder ao lobby de fontes poluentes e caras. O Congresso não pode sujar a energia do país — especialmente no ano em que seremos sede da COP 30”, afirma Roscoe.

Com o slogan “Diga não às termelétricas. O Brasil merece energia limpa e barata”, a campanha apresenta dados sobre os impactos da possível derrubada dos vetos.

Estudo da Consultoria PSR, com apoio da Abrace e da ExAnte Consultoria Econômica, aponta que o uso intensivo de termelétricas aumentaria a inflação, encareceria a produção industrial e afetaria diretamente o consumidor:

+4% no preço do pão

+6% na cesta básica

+9% na conta de luz

A FIEMG argumenta que, ao contrário de priorizar fontes renováveis como a eólica offshore, a volta dos “jabutis” na lei favoreceria interesses econômicos de curto prazo em detrimento da competitividade da indústria nacional e do compromisso climático do país.

“Os brasileiros não podem pagar a conta de uma escolha errada. Precisamos de responsabilidade e visão de futuro”, conclui Roscoe.

A campanha já está sendo veiculada em meios digitais, imprensa e redes sociais, e conta com o apoio de outras entidades do setor produtivo e ambiental.

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