A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello marca um desfecho importante para um caso que se arrasta há anos no Supremo Tribunal Federal.
Condenado em 2023 por corrupção iva e lavagem de dinheiro, Collor agora começa a cumprir uma pena de 8 anos e 10 meses, após esgotar os recursos disponíveis.
A ordem de prisão, segundo a Agência Brasil foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que entendeu que o último recurso da defesa tinha caráter apenas protelatório, ou seja, visava atrasar a execução da pena.
Segundo a defesa do ex-presidente, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para Brasília. Ainda de acordo com a defesa de Collor, que também é ex-senador, ele se deslocava para Brasília para o cumprimento espontâneo do mandado de prisão.
A condenação se refere ao período em que Collor, como dirigente do PTB, teria influenciado politicamente nomeações na BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras), recebendo, segundo o STF, cerca de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014.
A acusação de associação criminosa foi extinta por prescrição, já que Collor tem mais de 70 anos — um benefício legal que reduz os prazos para a prescrição de crimes.
Esse episódio o torna o segundo ex-presidente da República brasileira preso por condenação criminal na história recente, depois de Lula em 2018 (que posteriormente teve sua condenação anulada).