Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Jazz (30 de abril), a Câmara Municipal de Belo Horizonte convida o público interno e externo para mergulhar no universo desse gênero musical cheio de criatividade e improviso.
Na próxima quinta-feira (24/4), o trompetista João Vianna comanda uma aula-show que promete emocionar e aproximar a plateia do jazz e de seu instrumento de destaque: o trompete.
As apresentações acontecem em dois momentos: das 11h às 11h30 no Restaurante Popular da Casa, e das 12h às 12h30 no restaurante interno (Heleno de Oliveira).
O evento é aberto a vereadores, servidores e cidadãos em geral, oferecendo um momento de arte, história e interação.
A iniciativa, articulada pelo gabinete do vereador Uner Augusto (PL), foi viabilizada por meio do projeto Câmara Cultural — programa que visa promover manifestações artísticas e culturais significativas para Belo Horizonte, contribuindo com a valorização da memória e do patrimônio da cidade.
Um encontro com o trompete
João Vianna, que se apaixonou pelo trompete ainda na infância, compartilha sua trajetória musical na apresentação, além de executar clássicos do jazz e explicar técnicas do instrumento. Para ele, ao contrário do saxofone, o trompete ainda é pouco conhecido do grande público — e o evento é uma oportunidade de aproximar as pessoas da sua sonoridade marcante.
“É uma aula descontraída para a pessoa se aproximar do trompete e da música. Quero falar um pouco sobre minha vida musical e atender até pedidos do público”, explica o músico, que teve sua formação no Conservatório Mineiro e é neto de músicos pianistas.
Durante a pandemia, João emocionou vizinhos ao tocar da janela do apartamento, promovendo momentos de conexão por meio da música. “O trompete tem uma projeção forte, e aqueles fins de tarde se tornaram encontros sonoros”, relembra.
O jazz como linguagem universal
Nascido em New Orleans, nos Estados Unidos, o jazz se espalhou pelo mundo como expressão de liberdade musical. Caracterizado pelo improviso e pela fusão com outros estilos, pode transformar uma Bossa Nova, por exemplo, em algo único ao adotar frases melódicas e harmônicas próprias do gênero.
No Brasil, segundo João Vianna, o jazz ganhou popularidade especialmente por meio da dança. Filmes de Hollywood nas décadas de 1930 e 1940 mostravam o sapateado — hoje conhecido como Lindy Hop — embalado por trilhas de jazz tradicional. “A música feita para acompanhar o sapateado era, muitas vezes, jazz puro. Isso ajudou a espalhar o estilo pelo mundo”, conclui.