Em uma articulação estratégica para melhorar a mobilidade urbana e promover sustentabilidade em Belo Horizonte, a Câmara de Dirigentes Lojistas da capital mineira (CDL/BH) reiterou seu compromisso com a criação de motofaixas e com o fortalecimento de ações voltadas à preservação de espaços verdes na cidade. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 10, com a presidente em exercício da Câmara Municipal, vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, defendeu com firmeza a necessidade de faixas exclusivas para motociclistas como uma medida que alia segurança, fluidez no trânsito e planejamento urbano inteligente.
Motofaixas: prioridade para 2025
Durante o encontro, Souza e Silva recordou que a CDL/BH foi protagonista na mobilização pela destinação de recursos específicos para a criação de motofaixas. Graças à atuação da entidade, uma emenda de R$ 400 mil foi incorporada à Lei Orçamentária Anual (LOA) de Belo Horizonte, sancionada pela Prefeitura, com previsão de execução já em 2025. O valor será utilizado exclusivamente para a implantação dos corredores exclusivos para motocicletas — um avanço inédito na política de mobilidade urbana da capital mineira.
A CDL/BH também entregou ao Executivo municipal um documento técnico contendo análises detalhadas e sugestões baseadas em experiências bem-sucedidas de outras cidades brasileiras. Entre as propostas apresentadas estão o mapeamento de vias com alto índice de circulação de motos e um plano preliminar para implementação de um projeto-piloto, priorizando regiões com maior volume de tráfego e risco de acidentes.
“Nosso objetivo é tornar o trânsito mais seguro para todos. As motofaixas são uma solução que beneficia não apenas os motociclistas, mas todos os usuários do sistema viário, ao organizar melhor os espaços e reduzir conflitos nas vias”, destacou o presidente da CDL/BH.
Proposta é baseada em exemplos reais
O estudo apresentado pela CDL/BH mostra como cidades como São Paulo, Recife e Goiânia obtiveram avanços significativos com a adoção das motofaixas. A separação física ou sinalizada de faixas exclusivas para motos tem se mostrado eficaz na redução de colisões, além de melhorar a fluidez no trânsito em horários de pico.
Outro ponto abordado no encontro foi o potencial positivo dessas faixas para o comércio. “Motociclistas representam uma fatia crescente da força de trabalho urbana, especialmente nos setores de entregas e serviços. Melhorar a mobilidade desse grupo significa fomentar a economia local e garantir mais agilidade no atendimento ao consumidor final”, observou Souza e Silva.

Encontro com prefeito reforça compromisso verde
Em outra frente, a CDL/BH também fortaleceu sua parceria com o poder público no que se refere à revitalização e manutenção de áreas verdes. Em reunião com o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Juliano Lopes (Podemos), o presidente da entidade abordou a ampliação do programa “Adoro BH” — uma iniciativa que visa unir esforços entre o setor privado, a istração municipal e a comunidade para cuidar dos espaços públicos verdes da cidade.
“A presença de áreas verdes bem cuidadas transforma a paisagem urbana, valoriza imóveis, promove bem-estar e atrai visitantes. Essa conexão entre meio ambiente e desenvolvimento urbano é essencial para que BH avance como cidade sustentável”, afirmou Souza e Silva.
O programa “Adoro BH” já conta com diversas parcerias e tem como foco principal parques, jardins e canteiros públicos. A CDL/BH propôs o reforço das ações por meio de novos convênios e de uma agenda conjunta de ações voltadas para o embelezamento e preservação das áreas naturais da capital.
Desenvolvimento urbano com responsabilidade
A defesa das motofaixas e o incentivo a cidades mais verdes fazem parte de uma visão integrada da CDL/BH sobre o desenvolvimento urbano: uma cidade funcional, segura e ambientalmente equilibrada. A entidade acredita que o crescimento econômico deve caminhar lado a lado com investimentos em infraestrutura de mobilidade e cuidado com o meio ambiente.
Neste contexto, a CDL/BH reforça sua atuação como articuladora entre diferentes setores da sociedade — comércio, poder público e população — com o objetivo de promover transformações positivas que beneficiem a todos os belo-horizontinos.
Segurança e mobilidade: foco principal
A implementação das motofaixas será também uma resposta ao crescimento constante do número de motociclistas na capital mineira. Segundo dados recentes do Detran-MG, o número de motos registradas em Belo Horizonte dobrou na última década. Esse crescimento exponencial exige soluções viárias específicas e planejamento inteligente, sob pena de agravamento dos congestionamentos e do número de acidentes envolvendo esse tipo de veículo.
“Não se trata apenas de criar uma nova faixa no asfalto. É uma reestruturação da lógica de circulação urbana, que considera as particularidades dos veículos de duas rodas e busca garantir a integridade física dos condutores”, reforça o presidente da CDL/BH.
Áreas verdes como diferencial urbano
A pauta ambiental também tem se destacado na agenda da entidade. A proposta de ampliação do “Adoro BH” envolve não só ações práticas, mas também campanhas de conscientização da população quanto ao uso e preservação dos espaços verdes.
Para a CDL/BH, áreas como o Parque Municipal, praças históricas e corredores arborizados não devem ser apenas paisagens, mas pontos de encontro, lazer e desenvolvimento social. A entidade quer engajar mais empresas e cidadãos no cuidado coletivo desses locais, promovendo um modelo de urbanismo participativo e sustentável.
Colaboração entre setores é essencial
Marcelo de Souza e Silva ressaltou, ainda, que nenhuma transformação urbana se consolida sem diálogo e cooperação. Por isso, reforçou a necessidade de continuar estreitando o relacionamento com o Legislativo e o Executivo da capital.
“A cidade que queremos para o futuro depende do trabalho conjunto que estamos realizando hoje. A CDL/BH está à disposição para contribuir com ideias, estudos e articulações que tornem Belo Horizonte mais moderna, segura e acolhedora”, concluiu.
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