ALMG pode votar veto parcial de Zema ao Orçamento de 2025

Agora, o veto segue para análise do Plenário da ALMG,. Foto: Daniel Protzner/Almg.

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) já pode analisar, em turno único, o Veto 20/25, do governador Romeu Zema (Novo), que incide parcialmente sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Ontem, a comissão especial responsável pelo parecer aprovou a manutenção do veto.

O veto atinge trechos da Proposição de Lei 26.130/2024, que estima as receitas e fixa as despesas do Orçamento Fiscal e do Orçamento de Investimento das Empresas Controladas pelo Estado. O projeto foi enviado à Assembleia pelo próprio governador como PL 2.905/24.

Publicidade

Principais pontos vetados

Os dispositivos barrados pelo Executivo incluem:

Rateio do saldo remanescente do Fundeb para os profissionais da educação básica;

Cumprimento do acordo judicial de 2018 sobre a reestruturação da carreira docente da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg);

Destinação de recursos para a Defesa Civil e Brigadas de Incêndio;

Reserva de verba para assistência biopsicossocial a cuidadores de pessoas com deficiência;

Ampliação de vagas em terapia ocupacional na Unimontes e na Uemg;

Expansão do atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e outros transtornos do neurodesenvolvimento;

Construção de Centros Especializados de Atendimento Integral às Pessoas com TEA.

O restante da proposição foi sancionado e transformado na Lei 25.124/2024, a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Debate e votação na comissão

Na reunião desta segunda, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) questionou os vetos e apresentou requerimentos para esclarecer os impactos das medidas barradas. Ela destacou que o Executivo encerrou 2024 com R$ 1,4 bilhão do Fundeb em caixa, valor que, segundo a deputada, deveria ser destinado aos profissionais da educação básica.

Beatriz também criticou a falta de estrutura da Defesa Civil nos municípios mineiros, apontando que metade deles não possui viaturas, além de sofrer com a escassez de rádios comunicadores e linhas diretas de telefone.

O parecer favorável ao veto foi elaborado pelo relator e presidente da comissão, deputado Gustavo Valadares (PMN). Ele endossou os argumentos do governo, citando vício de iniciativa e inconstitucionalidade dos dispositivos vetados. O parecer foi aprovado pelos deputados João Magalhães (MDB), líder do governo, e Adriano Alvarenga (PP), com voto contrário apenas de Beatriz Cerqueira.

Agora, o veto segue para análise do Plenário da ALMG, onde os parlamentares decidirão se mantêm ou derrubam a decisão do governador.

Leia mais:

BDMG já liberou R$ 50 milhões para pequenos negócios afetados pelas chuvas

Mantenha-se atualizado com as notícias mais importantes

Ao pressionar o botão Inscrever-se, você confirma que leu e concorda com nossos Termos de Uso e as nossas Políticas de Privacidade