O mês de janeiro de 2025 manteve a tendência de temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar do efeito temporário de resfriamento causado pela La Niña no Pacífico tropical.
Segundo Samantha Burgess, líder estratégica para o clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), “este foi mais um mês surpreendente”
O planeta registrou seu 18º mês — dos últimos 19 — com a temperatura média do ar superficial superando 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
No período de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, a temperatura global esteve 1,61°C acima da média estimada para 1850-1900, referência utilizada para determinar os níveis pré-industriais.
O relatório divulgado nesta quinta-feira, pelo Copernicus aponta que as temperaturas acima da média foram mais intensas no sudeste da Europa, nordeste e noroeste do Canadá, Alasca, Sibéria, sul da América do Sul, África, além de grande parte da Austrália e da Antártica.
Em contraste, regiões como o norte da Europa, Estados Unidos, partes orientais da Rússia, Península Arábica e sudeste da Ásia registraram-se temperaturas abaixo da média.
A temperatura média da superfície do mar em janeiro foi de 20,78°C, considerando zonas temperadas e intertropicais a uma profundidade de aproximadamente 10 metros. Esse foi o segundo maior valor já registrado para o mês, ficando apenas 0,19°C abaixo do recorde de janeiro de 2025.
O relatório informou ainda, segundo a Agência Brasil, que janeiro também foi predominantemente mais úmido do que a média, com fortes precipitações que levaram a inundações em algumas regiões.
A média de chuvas, foi maior na Europa Ocidental, em partes da Itália, Escandinávia e países bálticos; no Alasca, Canadá, centro e leste da Rússia, leste da Austrália, sudeste da África e sul do Brasil.
O Copernicus é um programa de observação da Terra que utiliza medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo para produzir análises de dados da atmosfera, marinho, Terra, alterações climáticas, segurança e emergência.
O programa é coordenado e gerido pela Comissão Europeia e implementado em parceria com estados-membros, Agência Espacial Europeia (ESA), Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos e Centro Europeu de Previsões Meteorológicas em Médio Prazo, entre outros.
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