Número de queijarias legalizadas em MG cresce quase 700%

O número de queijarias legalizadas em Minas Gerais aumentou significativamente de 20 para 155 estabelecimentos entre 2019 e 2024, representando uma expansão de 675%.

Este crescimento se deve a ações do Governo de Minas na busca da segurança alimentar, conduzidos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), uma autarquia da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Em 2020, o IMA publicou um decreto que regulamenta o setor, incentivando os produtores a legalizarem suas atividades.

A tradição de produção de queijo em Minas Gerais é profunda, ando de geração em geração. Liliana Castro, de 41 anos, fundadora da queijaria 3 Irmãos em Tapira, região do Alto Paranaíba, é um exemplo disso. Vinda de uma família de queijeiros, Liliana segue as normas sanitárias do IMA, garantindo que seus produtos sejam seguros e de alta qualidade. Sua queijaria já conquistou diversos prêmios, incluindo internacionais.

Além de Liliana, Alexandre Honorato, dono da Fazenda Só Nata em Araxá, também se destaca no setor. Alexandre, que vem de uma família de comerciantes de queijos, obteve o primeiro Selo de Inspeção Federal (SIF) para uma queijaria familiar no Brasil e foi o primeiro no estado a conquistar o Selo Arte do IMA, permitindo a comercialização de seus produtos em todo o país.

Os queijos artesanais de Minas Gerais são feitos a partir de leite cru, exigindo um rigoroso cumprimento da legislação sanitária para garantir a segurança do consumidor. Essa regulamentação é resultado de estudos realizados pelo IMA em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e outras instituições.

A tradição, o rigor sanitário e a busca pela excelência são marcas registradas das queijarias mineiras, que continuam a prosperar e a ganhar reconhecimento tanto no Brasil quanto internacionalmente.