O governo federal, por meio de medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorizou a compra de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro.
A medida visa garantir o abastecimento nacional, que pode ser ameaçado pelo fenômeno climático adverso afetando o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção de arroz consumido no Brasil.
Detalhes da medida
Orçamento: R$ 7,2 bilhões foram alocados para a compra de arroz.
Preço Tabelado: O arroz será adquirido ao preço tabelado de R$ 4 por quilo.
Objetivo: Garantir que o arroz chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional.
Responsabilidade: A aquisição será feita pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O estoque adquirido, segundo a Agência Brasil será destinado à venda direta para mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados e outros estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou a importância da medida para a segurança alimentar do país.
Apesar da ação do governo federal, o governo do Rio Grande do Sul assegura que a produção de arroz do estado é suficiente para atender à demanda nacional.
De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a safra 2023/2024 deve atingir cerca de 7,1 milhões de toneladas, um número próximo ao da safra anterior, que foi de 7,2 milhões de toneladas, apesar das inundações em maio.
Rodrigo Machado, presidente do Irga, afirmou que, mesmo com as perdas, a safra atual é praticamente idêntica à anterior, o que deve evitar um desabastecimento de arroz no país.
A medida provisória assinada pelo presidente Lula visa prevenir uma possível crise de abastecimento de arroz no Brasil devido a fatores climáticos que afetam a principal região produtora. Com um investimento substancial e um plano de distribuição abrangente, o governo busca assegurar que o cereal essencial continue disponível para a população.
Contudo, a produção estadual, especialmente do Rio Grande do Sul, sugere que a situação pode estar sob controle, evitando um déficit significativo no fornecimento do produto.