Reajuste de 3,62% recebe parecer favorável da CCJ da Almg

Deputados criticam percentual e pedem diálogo.Foto: Guilherme Bergamini/Almg.

Aumento seria retroativo a 1º de janeiro.

O Projeto de Lei (PL) 2.309/24, recebeu parecer pela legalidade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele  dispõe sobre a revisão geral do subsídio e do vencimento básico dos servidores públicos civis e militares do Poder Executivo.

De autoria do governador Romeu Zema (Novo), a matéria, teve como relator o deputado Thiago Cota (PDT). Ele opinou pela constitucionalidade da matéria na forma original. Agora a proposição segue para análise da Comissão de istração Pública, em 1º turno.

O projeto concede o percentual de 3,62% de reajuste aos referidos servidores, retroativo a 1º de janeiro deste ano, estendido aos servidores inativos e aos pensionistas com direito à paridade, além dos detentores de função pública, contratos temporários vigentes, convocados para as funções de magistério, cargos de provimento em comissão, funções gratificadas e gratificações de função.

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O percentual de revisão foi definido após cálculos de impacto e avaliação de disponibilidade financeira e orçamentária, que demonstraram a viabilidade da recomposição de 3,62%, de forma equânime e linear, segundo a justificativa da mensagem do governador.

O relator, deputado Thiago Cota, enfatizou na reunião que o Legislativo não pode ampliar a porcentagem de revisão, pois isso seria inconstitucional. “Podemos discutir o mérito em outras comissões”, ponderou.

Durante a discussão da proposição, foram rejeitadas a proposta de emenda nº 2, do deputado Sargento Rodrigues (PL), e as de nº 3 e 4, da deputada Beatriz Cerqueira (PT) e dos deputados Lucas Lasmar (Rede) e Professor Cleiton (PV).

Em linhas gerais, elas têm o objetivo de rever o índice proposto para os servidores da segurança pública e da educação, bem como garantir ajuda de custo mesmo em momentos de afastamento do servidor, respectivamente.

Para o relator, as sugestões contêm vício de iniciativa.

Deputados criticam percentual e pedem diálogo

Desde que foi encaminhada pelo Executivo à ALMG, a matéria tem motivado debates. Em reunião desta terça (21), o deputado Sargento Rodrigues fez apelo para que os deputados da base do governo dialoguem com o Executivo sobre a proposição.

“Não é possível que vamos dar migalha de 3,62% para os servidores, enquanto vários deputados votaram quase 300% de aumento para o governador.”

De acordo com ele, servidores do Executivo amargam, ao longo do tempo, perda inflacionária significativa, o que já corroeu seu poder de compra.

O deputado Arnaldo Silva (União), presidente da CCJ, foi favorável às propostas de emendas apresentadas como forma de sensibilizar o governo para a questão. Ele disse que tem buscado diálogo com o Executivo, dada a importância do serviço público estadual, mas não tem obtido sucesso.

Em sua opinião, os deputados estão diante de um ime porque o Legislativo não tem competência para propor nova alíquota no projeto.

Além disso, o governo estadual não está aberto a discutir o assunto. “Sem diálogo e respeito não tem como avançar”, comentou.

Por outro lado, ponderou: “Vamos fazer o quê então com esse projeto? Deixar de votar e também prejudicar os demais servidores, também submetidos a esse projeto e que não sofrem agruras da segurança pública?”

Arnaldo Silva ainda registrou sua decepção enquanto parlamentar com a relação dispensada ao Legislativo pelo governo estadual.

É lamentável que ninguém do governo se proponha a discutir projetos em tramitação nessa Casa como o que aumenta alíquotas para o Ipsemg e o IPSM.”

Essas últimas matérias não sairão da CCJ na forma proposta pelo Executivo, segundo ele.

Corroboraram as falas anteriores a deputada Beatriz Cerqueira e os deputados Lucas Lasmar e Professor Cleiton. Eles enfatizaram que o percentual proposto não concede sequer a recomposição da inflação para o período.

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