O universo desses versos é o amor
Da minha casinha de palha
que fica de trás da muralha
eu bem que te vi, eu bem te vi, e
fui chamar os bichos de amor!
Quando vi a tarde desmaiar
e a noite aproximar, fiquei com o peito ardendo em chamas
e morrendo de saudades.
Então, com saudades eu chorei.
Depois, com lágrimas nos olhos eu jurei te dar um beijo, um sorriso ou uma outra ventura qualquer
e já saí procurando um jeito de beijar tua boca e me distrair.
Esperarei que você,
depois do beijo,
com saudades chore também,
relembrando aventuras adas ou quem sabe,
um ado feliz com alguém!
Por isso, pergunto a você criatura
onde estás, nas nuvens ou na insensatez,
a vida é um espaço de ternura
não precisa de amargura,
me beije só mais uma vez.
É pequeno o nosso amor, tão diário,
é imenso o nosso amor, não eterno
e mesmo te vendo voar, voar, voar,
o que pra mim é um inferno,
eu me permito ser
como a ave cantadeira,
e cantar cantar cantar
e amar amar, amar você!
J.Café
(poema inspirado em canções de Godofredo Guedes, Milton Nascimento, Fernando Brant e Paulinho Pedra Azul)
Instagram: @joãocafe_poetadeocasiao