Brasil assume vice liderança no Pan de Santiago
O Time Brasil assumiu, hoje, segunda-feira, 30 de outubro, a segunda colocação no quadro de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.
A 35ª medalha de ouro da delegação, responsável por ultraar o México, foi conquistada por Tatiana Weston-Web no surfe feminino. Ela bateu a canadense Sanoa Dempfle-Olin na final.
Ficar com a vice-liderança no quadro de medalhas é um dos objetivos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no evento disputado no Chile. A tendência é que a vantagem cresça sobre o México pelas modalidades que ainda serão disputadas.
Entre a noite do último sábado (28) e a manhã de ontem, domingo, a delegação brasileira conquistou mais 15 medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Destaques para o tênis e a canoagem slalom, em que o país esteve no topo do pódio.
No tênis, o Brasil dominou os torneios de duplas, com dois ouros e uma prata. No feminino, Luísa Stefani e Laura Pigossi – bronze na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021 – derrotaram as colombianas Fernanda Herazo e Paulina Perez por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3. O país não tinha uma parceria campeã entre as mulheres no Pan desde a edição de 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana, com Bruna Colósio e Joana Cortez.
Ontem, Laura busca o ouro no individual, contra a argentina Lourdes Carlé. No sábado, horas antes de ir à quadra com Luísa, ela travou uma batalha de mais de três horas contra a também argentina Júlia Riera, pela semifinal.
A vitória por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 7/6 (7/5), classificou Laura para a Olimpíada de Paris, na França, em 2024. Para manter a vaga, a brasileira precisa se manter entre as 400 primeiras do ranking de simples da Associação de Tênis Feminino (WTA, sigla em inglês). Ela, atualmente, está na 125ª posição.
O jejum de títulos nas duplas masculinas no Pan, que era ainda maior que no feminino, chegou ao fim com uma suada vitória de Marcelo Demoliner e Gustavo Heide, por 2 sets a 1, com parciais de 6/1, 2/6 e 10-7 (nas duplas, o último set é disputado em um formato de “super tie-break”, no qual vence quem atingir dez pontos primeiro), sobre os anfitriões chilenos Alejandro Tabilo e Tomas Barrios.
A última parceria nacional a vencer a competição entre os homens foi a de André Sá e Paulo Taicher, na edição de Winnipeg, no Canadá, há 24 anos.
A disputa de simples teve um duelo 100% brasileiro valendo o bronze, entre o jovem Heide, de 21 anos, vice-campeão nos Jogos Sul-Americanos do ano ado, e o experiente Thiago Monteiro, de 29 anos, que ou boa parte das últimas sete temporadas entre os cem melhores do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). No saibro (quadra de terra batida) chileno, o resultado foi melhor para o veterano, que ganhou por 2 sets a 1, parciais de 1/6, 6/3 e 7/6 (7/5).
Nas duplas mistas, segundo a Agência Brasil, o Brasil ficou com a prata. Horas depois de irem à quadra nas respectivas finais, Luisa e Demoliner encararam os colombianos Nicolas Barrientos e Yulia Lizarazo, que levaram a melhor por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4.
Canoagem slalom
Campeã dos Jogos Pan-Americanos nas edições de Toronto, no Canadá, em 2015; e de Lima, no Peru, em 2019, Ana Sátila garantiu, pela terceira vez, a medalha de ouro da canoagem slalom no C1 (canoa individual). Quinta colocada no Mundial deste ano, a brasileira já era a principal favorita da prova e deixou para trás a canadense Lois Betteridge (prata) e a paraguaia Ana Paula Castro (bronze).
Ana ainda brilhou no caiaque cross, em que quatro atletas competem entre si ao mesmo tempo (no slalom “tradicional”, os canoístas encaram a descida de maneira individual). Ela venceu a norte-americana Evy Leibfarth (prata) e, novamente, a canadense Betteridge (bronze).
Na mesma prova, mas entre os homens, a medalha de ouro também foi para um brasileiro: Guilherme Mapelli, que superou Alex Baldoni, do Canadá; e Eriberto Robles, do Peru.
O Brasil conquistou outras três pratas na modalidade. No C1 masculino, Kauã Silva levou uma punição de dois segundos por tocar em um dos obstáculos no fim do percurso, o que custou a medalha de ouro. O norte-americano Zachary Lokken acabou ficando na primeira colocação, com tempo menos de dois segundos abaixo do registrado por Kauã.
Já no K1 (caiaque individual), as pratas foram obtidas por Omira Estácia (que é irmã de Ana Sátila) e Pedro Gonçalves. Omira fez o segundo tempo da final feminina, superada pela norte-americana Leibfarth, mas à frente da canadense Lea Baldoni. Pepê, como é conhecido o canoísta brasileiro, sofreu três punições de dois segundos cada ao longo da descida e ficou atrás de Joshua Joseph, dos Estados Unidos. O bronze foi do canadense Mael Rivard.
A previsão é que a delegação brasileira ganhe cerca de 60 medalhas douradas no Pan de Santiago