Alô a todos!
Temos assistido durante toda a semana a indignação do mundo inteiro contra os ataques racistas contra Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, ponta-esquerda do Real Madrid e da Seleção Brasileira. No Brasil, até o “monarca” disse que ficou indignado, dizendo que no Brasil também existem episódios de perseguição contra as “minorias”. Mas como MINORIAS se segundo o IBGE, 56,1% dos brasileiros se declaram negros, grupo que reúne pretos e pardos?
O certo é que Vinícius Júnior viveu, NA ESPANHA, um episódio nojento de racismo que repercutiu no mundo inteiro. Mas, será que foi só o racismo que causou indignação no povo brasileiro?
E o nosso Wallace do Sada Cruzeiro, que foi vítima de um episódio lamentável de perseguição política?
Muito esforçado, de poucas palavras, Walace era o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Em três meses, conseguiu sair do banco de reservas e se firmar como titular, na seleção brasileira onde alcançou o ouro olímpico. Em Londres, medalha de prata, marcando na final, contra a Rússia, 29 pontos (ninguém tinha atingido essa marca numa final olímpica). Em seguida, no Rio, em 2016, levou a medalha de ouro, sendo o maior pontuador da seleção brasileira e do torneio. Antes de completar 30 anos, Wallace já tinha o nome escrito na história do vôlei mundial com títulos que poucos alcançaram.
Um exemplo para jovens, um orgulho para a nação. No Brasil, até por sua origem, sofreu discriminação racial vergonhosa sem que os culpados fossem punidos. Wallace é do tipo calado. Dentro do clube, cada um tem sua religião, partido, preferência que a Constituição garante a todos.
Alegre, cortês, atencioso, cuidadoso, e, ainda, daria orgulho a qualquer familiar. Pois bem, Wallace, imprudentemente, compartilhou uma enquete de atiradores fora do grupo temático, no qual a “brincadeira estava correndo”. Não percebeu a possibilidade de ser interpretado ao pé da letra. As redes sociais e a mídia militante o perseguiram, num clima de discussões violentas.
Nosso medalhista, ou a ser confundido com um perverso conspirador. Qualquer um, mesmo com inteligência mínima, enxerga que o caso Wallace serve mais ao interesse de quem quer se qualificar como defensor do “rei”. Se fosse apenas por justiça, o episódio seria esquecido. O caso de um medalhista olímpico, se transformou em sensacionalismo de figuras à procura de visibilidade.
A Advocacia Geral da União analisou o caso e se deu conta de não existir a possibilidade de indiciar quem promoveu a própria enquete. Ora se não há culpa do autor, como pode ter culpa quem compartilhou? Mas o caso foi para o COB para julgamento no Comitê de Ética. Não se culpou de crime para quem fez a enquete, mas para quem a compartilhou, ou seja, milhares de pessoas, entre as quais, Wallace.
A culpa de Wallace não é a enquete, mas ser personalidade do vôlei mundial?
Todos os outros foram considerados inocentes, menos ele, campeão olímpico! O “rei”, poderia dar um basta ao caso, com um perdão e tomando uma cervejinha, como sua majestade gosta de terminar com guerras. Ele encontrou argumento e coragem para defender Cesare Battisti, italiano condenado por quatro homicídios na Itália, beneficiado com asilo político NO BRASIL.
Wallace, mesmo medalhista olímpico que ao nosso país deu vitórias, alegrias e iração internacional, continua impedido de trabalhar.
Não tolero nem racismo e nem mordaça. Se Vidas negras, vidas LGBTQIA+, importam? Que tal VIDAS IMPORTAM? Acorda Brasil!
Até a próxima semana.
José Francisco Resende
Fontes: O Tempo e Internet.
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