“COITADISSES”

Alô a todos!
“Coitadisse” é uma palavra cunhada por mim, para definir os chorões de plantão como
aquele ursinho do desenho do Zé Colmeia, um clássico dos anos setenta, que tinha como
bordão – “Oh! Céus, ô vida” …
Tudo para ele estava ruim, era um mau presságio, por isso aparecia sempre com
uma nuvem na cabeça.
Na nossa realidade atual tem MUITA gente assim. Vive reclamando de tudo. Desde o
salário – que muitas vezes não faz por merecer – até a perda de um ente querido que ele
nunca foi visitar. Mas no velório ele vai.
É como aquela pessoa que quando você encontra, pergunta: – Como vai? E ele
responde “Ah! Tá difícil viu? Fui no médico ontem pra consultar sobre uma dor no quadril
que eu vivo sentindo… e fala… e fala… e fala…
Gente; como vai é oi. Como vai? = Oi. Só isso. Ninguém quer saber daquela
cachumba mal curada que você vive reclamando, ou da cunhada da sua prima que teve um
infarto ontem… É só… Oi!
A gente nunca dá valor às coisas boas. Aos sorrisos, à leveza que às vezes sentimos
pelo simples fato de estarmos vivos.
Uma vez fui conversar com um dos meus grandes ídolos ( não digo o nome para
preservá-lo) e na conversa falei: Mas fulano, o que Deus quer de mim? Meu filho mais velho
teve uma parada cardíaca com 21 anos. Minha mulher está com câncer. Meu filho caçula foi
atropelado na porta da minha casa, e tudo isso em apenas uma semana! (Estes fatos são
verídicos. Isto REALMENTE aconteceu comigo). Mas eu buscava respostas para tanta falta
de sorte.
E ele me respondeu: – José Francisco, onde está sua mulher? E eu disse: Está em
casa, se recuperando dos efeitos nefastos da quimioterapia.
Ele continua: E o seu filho mais velho? Eu disse: – Está em casa se recuperando
depois de uma semana no hospital.
Não satisfeito ele pergunta: – E o seu filho mais novo, onde está? E eu disse.
Também em casa, com a mãe.
Ele me olhou no fundo dos olhos, e me disse: “Sabe qual é o seu problema? Você
reclama demais…
(Nesse momento fiz um silêncio sepulcral, para não partir para as vias de fato com
ele. Porque essa era a minha vontade)
Depois, mais calmo raciocinei: – Ora, é verdade. Tudo isso aconteceu, mas estavam,
como estão, todos bem, graças a Deus.
Resultado: Fiquei feliz pelo simples fato de estarmos todos vivos e bem. Toma
distraído. Bem feito. Reclama mais…
É por isso que escrevo esta coluna de hoje. Já pensou em quantas coisas boas já
aconteceu com você, desde o seu nascimento? Porque coisa ruim acontece com todo
mundo. E ficou para mim, uma lição: Viva o presente, porque é tudo o que você tem. O
ado você não pode modificar. O futuro, você nem sabe se irá chegar.
Porque apesar de qualquer coisa, você ainda tem o poder do sorriso, a mágica do
perdão. A esperança não deve ser a última a morrer. Ela não morre nunca.