Alô a todos!
Nicolau Maquiavel foi um filósofo político, historiador, estadista e escritor italiano, autor da obra-prima “O Príncipe”. O escritor despertou o ódio de muitos e iração de outros tantos. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser.
É direto quanto ao objetivo de seu príncipe: conquistar e manter o poder. É certo que os meios práticos de conseguir êxito dependem de várias circunstâncias, por isso a leitura dessa obra é permeada pelo par conceitual fortuna e virtú. (virtude
– em português) Poucas leituras bastam para perceber que esses termos não são usados em um sentido comum. Defendia um governo violento e massacrante, mas sob certas regras.
Mas o que isso tem a ver com o Brasil contemporâneo? Algumas inspirações de Maquiavel era Júlio Cesar (imperador romano) e algumas citações são a cara do “modus operandi” (jeito de agir) dos atuais governos.
Ele não era de todo mal. Escreveu belos poemas românticos…
Mas a comparação vale a pena:
“É preciso aparentar ser bondoso, mas saber usar de violência.”
Existe algo mais moderno que isso na política brasileira? Em tempos de eleições, não se vê nenhum cartaz com candidatos que não estejam sorrindo, parecendo “anjos” – não à toa que a maioria das peças publicitárias são chamados de “santinhos”. Depois que assumem o poder o sorriso dá lugar à bandidagem, aos atos puramente egoístas que só visam o poder.
“Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal.”
Ora, se não vemos isso. Se uma coisa (fazer o bem), ou outra (fazer o mal) causam o mesmo efeito, nossos governantes fazem exatamente o que é conveniente para si mesmos e seus pares.
“Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.”
Ou seja, interpretando, é mais EFETIVO governar sendo temidos do que sendo amados. Então, ouvindo os gritos da multidão brasileira, gostamos tanto de uma coisa quanto da outra. Então, o egoísmo dos canalhas é mantido pelo seu voto, ou muito melhor, pelo seu medo.
E por último, para que não nos alonguemos nas comparações que são muitas:
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.”
Algo mais atual que isso? Em alguns casos, por exemplo Fernando Haddad no lugar do Ministro Paulo Guedes, é como se você comprasse um ingresso para ouvir os Titãs e quem foi cantar de verdade foi o “caneta azul”.
Encerrando com uma frase de Nicolau Maquiavel, que não poderia ser melhor para o momento em que vivemos:
“Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha.”
E VIVA O NICOLAU!
Até a próxima semana!
José Francisco Resende
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